sábado, 31 de outubro de 2009

- pequenino;

É incrível, aquele pequenino tão forte, tão perfeito, já me traz reviravoltas. Tão frágil... minha fé pende sobre a fineza de uma agulha. Tanto temi, intimamente, que o pior acontecesse; pessimismo inalterável, é. Mas aqueles vinte minutos... Saudável, disse o médico, e eu ri, ri como se me dissesse que o mundo já não é mais tão injusto. Como poderia haver qualquer erro ou má intenção, se aquele pequenino estava ali, se ele existia, impecável, lindo, grandioso... Como o futuro seria ruim, se ele está a caminho, se aquelas mãozinhas estão abertas para o mundo? Ah, me senti, como me senti. Eu sinto hoje as palavras pequenas como nunca vi. Nada é suficiente perto daquela sensação. Eu ri e chorei, e acreditei que havia um Deus que consertaria todas as coisas - como poderia não haver? Como o mundo pode estar perdido sem ordem nem razão, se meu sobrinho cresce perfeito, saudável, e absurdamente lindo? Meu menininho. Devo tanto... Agradeço tanto. Perto daquilo, esqueço tudo, e só ele importa. Meu passado não é mais. Obrigada.

(ah, tá bobo, né? mas eu tô boba. ultrassom *-*)

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