terça-feira, 28 de abril de 2009

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Então, o que é o amor? Sem clichês, eu quero a essência da coisa. Um diferencial. Vai, pensa nisso como um diagnóstico. Para que serve o amor? Não vou ser dramática e dizer que só serve para fazer as pessoas sofrerem. Mas não sou sonhadora o suficiente para achar que é a melhor coisa do mundo. Não importa se é bom ou ruim, ou se não é nenhum dos dois. Tudo tem uma definição imparcial, eu só quero uma que vá um pouco além do que está no dicionário.
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Ok, eu vou para o inferno. Fiz tudo errado. Eu sempre faço tudo errado. Mas não é bem por isso que eu acho que mereço um castigo. Egoísmo, isso sim é errado, quando você age de acordo com os próprios interesses e ainda fica inventando uns motivos altruístas para tentar encobrir. Eu tento enganar a mim mesma mas não dá. A verdade é que eu não conto nada para ela por que eu não quero ver sua cara de decepção, e muito menos sua tentativa frustrada de conter a decepção. A verdade é que eu fiz aquela merda de novo porque eu tive uma vontade enorme de fazer, e fiz. Não pensei em mais nada. Não pensei nela na hora. Só depois.
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Olha só, a garota ridícula se fazendo de coitada outra vez. É o que todo mundo diria. Por isso que eu tenho meus segredos.
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Ha, sejamos sinceros. Eu estou te evitando, sabe? Para não lembrar o que eu fiz com você, comigo, com a coisa toda. O quanto eu sou idiota, versátil e sem escrúpulos. Quando eu paro para pensar assim eu percebo que eu realmente só me importo comigo mesma. Então, faz favor de parar de me torturar? Menino mau. Pare de fazer as coisas desse seu jeito certo, o certo não funciona comigo. Para de tentar me agradar. Só finge que você nunca existiu, porque é disso que meu corpo precisa. Sem marcas.
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A verdade é que as pessoas são sensíveis. Elas amam suas coisas, sua casa, algumas poucas pessoas e sua estabilidade, cada uma a seu jeito. Eu queria sentir um amor assim altruísta que me fizesse esquecer de mim mesma um pouco. Eu sou um lixo de pessoa ou todo mundo pensa assim, e ninguém fala? Falar disso me faz um pouco melhor?
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(uns pedaços de um texto aí, grande demais pra por aqui. é um daqueles montes de textos em que eu escrevo tudo que tá se passando aqui, e que, obviamente, eu não mostro pra ninguém. divirtam-se com a minha mente conturbada.)

2 comentários:

  1. Eu não sei o que comentar, de verdade. Fiquei tipo, totalmente sem palavras. E você não é um lixo de pessoa!

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  2. Cheguei aqui pelo blog do Josué...

    Bom texto e bons comentários.

    Posso dizer o que eu penso que é amor?

    Amor é constância, sem altos nem baixos, amor é compreender e aceitar, é tolerar e incluir, é ceder sem perder e perder sem se sentir perdido.

    Penso que posso dizer que amei, mas é impossível avaliar se amo. Sinto, gosto e vivo com, mas só poderei dizer no final da vida que amei depois de ter passado tudo com aquela pessoa e ter resistido a todas as pressões da vida, internas e externas.

    Depois de ter curtido, criado, inventado e dividido bons e maus momentos e ainda assim ter ficado.

    Amor é constância e permanência.
    O resto é paixão, é tesão, é sabor, que também são bons, nos faz sentirmos vivos e alertas.

    O Amor não pode ser constante e permanente sem paixão, sem tesão, sem sabor. Mas também não se pode exigir que se viva disso por tempo integral, existem os momentos de dificuldade que só podem ser superados pela paciência, abnegação e dedicação.

    Existem horas que queremos negar que amamos a quem amamos, mas precisamos ter em mente que isso pode ser uma fase que passa... se não passar não é amor.

    Gostei do lugar, posso voltar?
    Abraços
    Rodrigo
    http://acoisaehpessoal.wordpress.com

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