sexta-feira, 10 de julho de 2009

- válvula de escape;

Não vou negar que estar em casa tem seu lado bom. Eu só percebi que sentia falta do cheiro do meu quarto quando entrei nele outra vez, e é legal ter as suas coisas num armário e não numa mala, pra variar. Não quero fazer dramas nem encher o saco de ninguém, mas a minha paciência já está no limite e eu preciso de uma válvula de escape. Eu não queria estar de volta. Eu quero sair daqui de novo. Pronto, vai ser muito mais fácil encarar os meus pais depois disso.
Sem exageros; aqueles dois cômodos em São Paulo onde eu passei essa semana me parecem mais minha casa do que aqui, e também são muito mais atraentes. Não é só pela independência, porque lá eu e minha prima decidimos tudo; desde o que vamos comprar para o almoço até o que vamos fazer à noite. É só que estar lá me mantém longe de tudo; é na cidade do lado, mas parece que meus problemas não me alcançam. Eu passei uma semana mais ativa do que nunca e mais tranquila do que nunca.
E agora, pronto, tive que voltar e tudo é uma avalanche sem precedentes. Todo mundo parece que cai em cima de mim; meus pais com sermões sobre responsabilidade inútil, minha rotina mais tediosa e irritante do que nunca. Bela recepção. Eu corri tanto atrás de mudança quando fui para longe, e passei a semana achando que tinha conseguido, mas não consegui porra nenhuma! Agora eu estou de volta e é a mesma merda de sempre, não é? Minha raiva voltou como se esses dias felizes não tivessem existido.
Então, foda-se! Eu desisto de tentar me acalmar, nada vai mudar depois disso. Eu vou voltar a fazer as mesmas coisas de sempre até que minha prima me socorra e eu vá para lá de novo. Pelo menos, depois de escrever esse projeto de texto (muito mal feito, por sinal) cheio de palavrões, tudo vai ser um pouco mais fácil.

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