sábado, 27 de setembro de 2008

- antigos;

Máquina:

Punge o fogo
O corpo toca
Um grito sufoca
Na escuridão

Caída na areia
A dor incendeia
E as portas se fecham
O exílio, expressão

Do fogo, da dor
Que punge, que toca
Magnífica engenhoca
É sinal, é razão

(fevereiro 2007)

-
No escuro:

A escuridão da noite a torna mais sombria
Na praia onde me exilo diariamente da sociedade
As ondas quebram indiferentes
Sem nada com que se importar
Pois chegará o dia para clarear tudo novamente
E elas poderão ver a luz outra vez
E finalmente estará tudo bem
Elas me observam sutilmente dentre a espuma
Remoendo minha mente com um pensamento mortificante
Na verdade, sinto-me aflita
Pois chegará o dia para clarear tudo novamente
Mas você não estará mais aqui na minha frente
Pra dizer que me ama e que sou a melhor mulher do mundo
E que não viveria se eu não estivesse aqui
O tempo passa cruelmente a cada minuto
E cada segundo me destrói um pouco mais
Pois chegará o dia para clarear tudo novamente
Mas você não estará mais aqui,
Na minha frente.

(junho 2005)

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Anseio:

Noite tão bela que rege o luar
Do deleito, remete-me, de ter um alguém
Pois está frio e a lua já está em seu glamour
Restituindo o sofrer que me faz aguardar

Pequena e luzidia estrela do amor
Seu afago envia e me cura da dor
Meu coração, guia, por onde for o tempo
Minha esperança, restitui, reintegra meu sentimento

Noite tão bela que rege o luar
O que tanto venero, traz num doce beijo
Pequena e luzidia estrela do amor
Do contrário, de tristeza, morrerei em teu leito

(fevereiro 2004)(esse tá deprimente né)

-
Mentiras:

Me lembro das coisas que você me dizia
Dos momentos em que me prometeu que nunca iria me deixar
Das palavras de carinho
Do amor que não era amor

Me lembro dos beijos e dos abraços
Das demonstrações de afeto constantes
Das promessas cínicas e cruas de sentimento
Do desejo que era só desejo

Me lembro das deliciosas sensações
Que você adorava provocar
Dos pequenos momentos dóceis e sensíveis
Da amizade que era só amizade

Me lembro que pra mim você era a luz do sol
Antes bela, singela e pura
Intensa e aparentemente eterna
Única e cheia de amor

Que se tornou falsa e frágil
Um foco fraco sem rumo, sem sentido
Sem alguém pra iluminar
Lembranças que me fazem chorar
Pois ao lembrar que era tudo tão perfeito
Lembro que era tudo mentira
E lembro também da luz do Sol
Que se apagou e nunca mais voltou

E que, por certo motivo
Sei que nunca mais voltará.

(agosto 2005)

-
eu tava fuçando na caixinha de coisinhas antiguinhas e achei.
porra, eu evoluí né?

3 comentários:

  1. tu já escrevia bem! eu nunca fui muito boa com poesias HUEHEUHE :*

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  2. gosto do ritmo de seus textos
    ritmo Tai, embala o pensamento..

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  3. Ahahah evoluiu, mas ja escrevia bem.
    Pelo menos vc nao precisa ter vergonha, como eu tenho dos meus antigos.
    Mas vai... dez anos tá tudo perdoado certo?

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