segunda-feira, 29 de setembro de 2008

- pra você;

Hoje eu pensei tanto em você que precisei escrever aqui. Eu passei um bom tempo sentada naquela parte do shopping onde a gente costumava tomar sorvete de limão e provocar os seguranças de tanto desobedecê-los. Eu lembro de como você ria quando eles vinham com aquela cara de 'essas crianças' e a gente fingia que não via. E daquela vez que você parou de andar do nada pra dizer que me amava.
Já faz tanto tempo. Na verdade nem eu sei o que me prende tanto ao passado, a você, ao que a gente viveu; eu já tenho muitas experiências a mais pra contar depois disso, já até pensei que podia me apaixonar de novo. Mas quando eu vejo uma foto, ou sonho com os seus braços, parece que todos os meses que eu já vivi depois de você foram tão diminutos que uma lágrima poderia envolvê-los. E descrevê-los.
É como se eu rebobinasse todas as sensações boas e revivesse apenas as ruins; como se eu tivesse passado tanto tempo apoiada no seu amor instantâneo que estivesse escorregando com sua ausência repentina. É como se você tivesse acabado de me dizer que não queria mais.
O desespero é o mesmo.
E nesses momentos eu percebo, como se sempre estivesse óbvio, que cada coisa que eu faço de bonito, ou de triste, desde que você foi embora da minha vida, te chama de volta. Cada lágrima que eu derrubei, por qualquer motivo que fosse, trazia implícito um pedido de socorro; um pedido pelo seu abraço(um daqueles que me lembram o verão). Cada palavra inútil que eu escrevi nesse blog se refere à saudade do teu gosto. É tudo pra você.
E eu queria pelo menos poder colocar todas essas coisas numa caixa, embrulhar com papel de seda(por que ele me lembra o seu sorriso), colocar um laço de fita e te dar de presente. Eu diria, ah, é tudo seu; e eu preciso tirar você da minha vida. Queria que você aceitasse de bom grado, dissesse que o passado foi bom e me desejasse toda a felicidade do mundo. Queria poder te dizer que eu já não choro mais todos os dias; que eu estou conseguindo viver com o meu amor adormecido, sem você pra que eu o pratique.
É uma pena, você não entenderia; eu sei que você não faria esforço nenhum pra entender. Talvez seja idiotice minha todo esse negócio de sorvetes de limão, caixas e lágrimas comuns. Afinal, já faz tanto tempo, e você já superou há tantos meses que eu me sinto uma nostálgica exagerada toda vez que sinto que não estou completa.
Mas, como uma vez alguém me disse, tudo isso que eu já fiz pra você talvez seja uma homenagem bonita demais e sincera demais pra quem nem conhece muito bem o amor. E intensa demais pra ser tão escondida.
Talvez eu esteja exagerando. Mas talvez seja realmente uma pena..

3 comentários:

  1. "Mas, como uma vez alguém me disse, tudo isso que eu já fiz pra você talvez seja uma homenagem bonita demais e sincera demais pra quem nem conhece muito bem o amor. E intensa demais pra ser tão escondida."

    muito foda o texto, cara! estou sem palavras... haha esse amor é mesmo incomum :*

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  2. Incrivel como tudo que a gente vê, acabamos adaptando p o nosso lado.
    É que me bate essa saudade de alguem antigo, que deveria ter saído da minha vida, e me volta sempre com essas boas lembranças, que jamais param quietas, que ficam me atormentando.
    É o inferno pensar que eu sempre vou ser ridicula quando essas lembranças voltam. E elas nao param.
    Obrigada por ter escrito.

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  3. É Bilu, nem tudo é tão fácil quanto parece né?
    Mas voce sabe, voce tem toda a capacidade do mundo pra conseguir superar todos esses obstáculos. Se voce tá de pé aqui, hoje, com certeza já foi um bom caminho andado e com certeza nao falta muito pra voce se encontrar com a sua felicidade, a que voce merece!
    Foi muito bom, mas como diz a frase, foi. Agora voce tem que abrir os horizontes, vc ainda tem muito o que viver!

    E, ah!
    Voce escreve muito bem, parabéns!
    Beijo da Bilú ♥

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