quarta-feira, 24 de setembro de 2008

- neve;

Eu queria que fosse a paz mais neve que vento
Que lembrasse manjar branco e durasse muito tempo
Para ouvi-la sussurar minhas notas tristes
Presentear meus sonhos com sua certeza em riste

Eu só criei três vezes um mundo em fantasia
Envolto em véus e feras de insípida harmonia
Onde eu pudesse deitar minhas dores e amores
Onde eu pudesse ajustar, recuperar as flores

Os dias frígidos são lembrança do passado em guerra
Tão efêmero e constante que mal posso acompanhar
Como um pedaço de céu que viesse à terra
Pra me provocar, só pra me provocar

Eu queria seus beijos de papel na minha roupa
Eu escreveria mil sonetos, desenharia puro contento
Daria a tranquilidade fina por suas mãos de louça
Por seu amor de mel, ah, só por ele eu tento

(pra fazer esse poema eu pensei: quero fazer um poema branco. minha obra de arte:)

2 comentários:

  1. O intuito deu certo.
    O poema é tão branco que cega os olhos - no bom sentido.
    Purifica, assim como todos os poemas que querem boas coisas.
    Me trouxe paz. Gosto quando as pessoas conseguem trazer isso nos textos. Por isso eu gosto tanto das palavras.

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  2. opa
    novo visual..
    ficou muito bom!
    quanto ao texto: belo!
    beijao

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