segunda-feira, 22 de setembro de 2008

- uma noite;

Tutz, tutz, tutz. O ritmo da música penetrava em meus ouvidos, e me dominava; inconscientemente, eu já não estava parada; dançava apaixonadamente impulsionada pelo álcool. A minha única atenção extra estava a uns dois metros de mim; e parece que eu também atraía seu olhar moreno que eu conhecia tão bem. Há tantos anos eu o vira pela última vez. E hoje, ele voltara, junto com vários centímetros a mais e um desejo incontrolável.
Um prazer irreprimível se apossou de mim quando ele se aproximou; e as horas seguintes se passaram de uma só vez.
Me lembro de sua boca roçando meu pescoço, suas mãos percorrendo meu corpo. Me lembro de seus beijos infinitos e do jeito que ele pressionava o seu corpo no meu, mais forte, cada vez mais forte. E de como eu desejava cada vez mais que ele não me largasse nunca. Me entreguei completamente àquela força irrefreável que me dominava, me controlava, fazia de mim puro desejo; de seu toque, ah, eu me lembro do seu toque, seguro, morno, forte, cruel. Esqueci das pessoas à minha volta; algo insignificante se eu não tivesse deixado que tudo fosse além do imaginável. Me uni a ele, me desfacelando em seus braços, o prazer me fazia enlouquecer.
Por incontáveis momentos, depois daquela noite, tentei sentir seu toque em minha mente; tentei lembrar de como sua língua quente dançava com a minha. Pensei nele por vários dias. E por vários dias meu estômago despencava de ânsia por um pouco mais.
Então, o vício era isso.
Quero as suas mãos.
Tutz, tutz, tutz.

(ah, outro desabafo. eu preciso daquelas mãos.)

2 comentários:

  1. Ei,
    Seu blog é muito legal!
    Quando tiver um tempinho volto aqui para ler mais.
    =)

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  2. A merda maior é quando não conseguimos mais lembrar dos toques, cheiros, linguas... mas... eu entendo o que quer dizer, porque, aqui por dentro, estou tendo a mesma coisa instigada pelo que disse.

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